A antecipação de recebíveis é uma ferramenta importante para gerar recursos às empresas, principalmente quando elas sofrem com restrição de crédito junto a instituições bancárias.
Ao vender para um terceiro títulos que têm a receber, como duplicatas, cheques e comprovantes de vendas a prazo, negócios dos mais diferentes ramos conseguem obter um capital importante para financiar suas atividades mediante um pequeno desconto, chamado de deságio.
No entanto, é preciso estar atento a alguns pontos para evitar problemas ao longo desse processo. De maneira geral, a principal questão diz respeito à falta de pagamento por parte dos clientes que compraram a prazo.
Veja a seguir 4 dicas fundamentais para evitar esse tipo de situação.
1. Analise o risco
Antes de mais nada, o passo mais importante para não ter problemas para antecipar recebíveis é manter uma política rígida na hora de realizar suas vendas a prazo.
Para isso, sua empresa precisa estar atenta ao histórico de pagamentos do cliente e evitar fazer concessões que possam aumentar o risco da operação.
2. Comprove as entregas
Um dos argumentos mais comuns para um cliente não quitar suas compras a prazo diz respeito a problemas na entrega do produto ou na prestação do serviço contratado. Em casos assim, a Justiça pode até mesmo dar razão ao cliente e desobrigá-lo de efetuar o pagamento.
Em outras palavras, quem antecipou o recebível, mas não cumpriu com o combinado, terá de arcar com o prejuízo.
Por isso, sempre comprove que sua empresa entregou o produto ou serviço dentro das condições estipuladas em contrato.
3. Notifique cada etapa
Quando acontece de o cliente não realizar o pagamento dentro do prazo estipulado, a empresa deve sempre notificar a pessoa explicando que a cobrança dos valores passará a ser feita pela factoring, securitizadora ou FIDC que adquiriu os recebíveis.
Nesse caso, quem está inadimplente tem um prazo de até 48 horas para pagar ou então apresentar suas justificativas.
4. Olho no deságio
Por fim, é preciso estar bem atento à taxa que será cobrada. Ela pode variar de acordo com vários fatores, a depender do risco que a factoring, securitizadora ou FIDC vê na operação.
De qualquer modo, é essencial que os valores cobrados estejam dentro de um percentual que seja vantajoso para o seu negócio, caso contrário pode acabar comprometendo a rentabilidade e a operação da companhia.