Uma das grandes dificuldades dos empreendedores é a obtenção de recursos para manutenção e expansão de seus negócios. Um levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostrou que, num grupo de 430 empresas, 11,7% tiveram seus pedidos de empréstimo negados pelo sistema bancário e 25,4% conseguiram valores inferiores aos solicitados.  Para destravar esse gargalo, as empresas recorrem ao FIDC – Fundo de Investimento em Direitos Creditórios.

Basicamente, os empresários que buscam recursos em FIDCs – como o da Federal Invest – cedem seus créditos a receber e recebem os valores à vista, mediante um deságio. Por exemplo, uma confecção vende seus produtos a prazo para os varejistas e os títulos que comprovam os créditos que terá, chamados de recebíveis, se tornam lastro para o adiantamento dos recursos futuros.

Os FIDCs são mais procurados por médias empresas porque costumam adiantar valores maiores, até R$ 2 milhões. Micro e pequenas são atendidas pelo tradicional factoring. Na Federal Invest, a procura pelo FIDC cresceu cinco vezes nos últimos dois anos. “Acreditamos que isso se deva aos obstáculos que empresários de médio porte encontram para conseguir recursos de maior valor nos bancos”, explica o presidente da rede de fomento, Renato Junqueira. Além disso, as taxas competitivas e a vantagem tributária, já que não há incidência de IOF nas transações, também atraem os empresários para o FIDC.

O FIDC é um fundo em que um mínimo de 50% do patrimônio líquido dos cotistas é investido em Direitos Creditórios – recebíveis como exportações, aluguéis e crédito em consignação.

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