A economia brasileira ainda apresenta sinais de crise, embora o consenso entre os especialistas seja de que o pior momento passou. O crescimento de 1% do Produto Interno Bruto em 2017, anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), colocou uma luz sobre as perspectivas de investimento e expansão da atividade econômica. No entanto, a principal dúvida para muitos é se vale a pena fazer negócios na crise.

A resposta é sim. Quem investir e construir um negócio sólido agora, provavelmente terá ganhos maiores à medida que a economia retomar o ritmo de expansão. Para você entender melhor os motivos para investir em negócios na crise e quais cuidados tomar, preparamos este post.

De 2014 para cá, a economia brasileira enfrentou uma série de problemas. Com a política influenciando o desempenho econômico e uma conjuntura global ainda desafiadora, ficou mais difícil garantir o bom retorno dos investimentos. 

No entanto, em meio a um cenário que tirou o sono de muitos executivos e empresários, alguns nichos despontaram como alternativas. Em busca de saídas para um mercado de trabalho desaquecido, milhares de brasileiros se tornaram empreendedores. O próprio movimento de expansão do empreendedorismo abriu espaço para negócios que visam a atender necessidades de empresários.

Oportunidades na crise

Enquanto uma leva de novos empreendedores chega ao mercado em busca de novas oportunidades para ganhar dinheiro, a restrição na oferta de crédito, resultado de um ciclo de alta na taxa básica de juros da economia — a Selic —, nos últimos anos, e da inadimplência elevada, faz muitos deles encontrarem dificuldade para financiar seus negócios.

Mesmo com a redução dos juros iniciada em 2017, o crédito continua caro e restrito. Com tantas dificuldades, alguns setores se destacam por se beneficiarem dos momentos de crise.

Negócios que crescem

O franchising é o principal deles. Presente em quase todos os setores da economia, o modelo de franquia atende aos empreendedores que preferem a segurança de montar o próprio negócio com uma equipe de apoio e o uso de uma marca conhecida pelo mercado.

Isso facilita a conquista de clientes e reduz os riscos de problemas na gestão, já que as equipes que gerenciam as franquias cuidam de tudo, desde o aconselhamento financeiro até o marketing.

O setor alimentício também se desenvolveu muito nos últimos anos, por se tratar de um bem de primeira necessidade. Na crise, os brasileiros ficam mais inclinados a experimentar novos produtos e marcas, o que abre uma janela de oportunidade para novos negócios, principalmente no segmento de alimentação mais acessível, cujo apelo é permitir a redução de despesas do orçamento doméstico.

No setor automotivo, enquanto as grandes montadoras amargaram quedas nas vendas em anos recentes, os segmentos de compra e venda de carros usados e a manutenção ganharam fôlego. Sem tanto dinheiro no bolso e com o crédito restrito, os brasileiros optaram pela troca por usados ou por manter o veículo por mais tempo.

A exportação é outra área promissora e não é sinônimo de negócio apenas para quem tem uma grande empresa. A atuação em nichos que oferecem produtos com algum diferencial competitivo frente ao mercado internacional traz a chance de fazer marcas e produtos ganharem espaço nas prateleiras de outros países.

O crescimento de todos esses setores é um dos motivos que ajuda a explicar a expansão de outro segmento: o factoring ou fomento mercantil. O factoring trabalha com a antecipação de recebíveis de cheques, duplicatas e cartões de crédito e é visto como uma alternativa para os empreendedores que encontram dificuldade em acessar linhas de crédito convencionais. 

Esses são alguns dos setores e segmentos que crescem em meio a crise, mas cada opção de negócio tem vantagens e desafios específicos. É importante saber que todos exigem a observação de alguns aspectos em comum para garantir o sucesso do empreendimento.

Identificação da demanda

Saber qual será a sua demanda potencial é importante. Fazer pesquisas de mercado para escolher a melhor localização e a melhor estrutura vale também para quem opta por trabalhar com home office. No entanto, mais do que identificar o lugar com o perfil de cliente mais adequado, é necessário saber em qual momento da vida o seu público-alvo está para garantir a oferta do produto ou serviço para o público, local e momento corretos.

Divulgação do negócio

Depois de escolher o melhor lugar e posicionamento da marca, ficará mais fácil definir a estratégia de divulgação do negócio. Para quem opta por franquias, a equipe de apoio fornece todo o suporte, o investimento feito pela própria empresa em marketing e ajuda a impulsionar as vendas.

Taxa de retorno e risco

Observar a taxa de retorno oferecida e os riscos atrelados é uma ação que precisa constar na lista de todo empreendedor. Fazer pesquisas e procurar especialistas no mercado para se informar ajuda bastante nesse processo. No caso das franquias, equipes multidisciplinares auxiliam na identificação de todos os riscos.

A taxa de retorno também demanda pesquisa, análise e a ajuda de profissionais para ser projetada. Aqui, a regra é a mesma para qualquer investimento: quanto maior o risco assumido, maior a chance de retorno.

Por isso, na hora de avaliar a taxa de retorno, é importante que o empreendedor responda a seguinte pergunta: qual o nível de risco que ele está disposto a assumir no negócio?

No caso das factorings, por exemplo, parte do retorno obtido deriva da capacidade de análise do cedente de crédito. Como o público que procura o fomento comercial para se financiar, muitas vezes, não dispõe do melhor perfil de crédito do mercado, essa avaliação criteriosa sobre o risco da carteira de clientes, quando feita corretamente, garante ótimos retornos.

As oportunidades para fazer negócios na crise existem, mas é preciso saber aproveitá-las. Os empreendedores precisam ter em mente que o mercado sempre apresenta novos desafios e que a economia brasileira ainda requer resiliência por parte dos empresários.

Como oscilações nos indicadores econômicos, restrição na oferta de crédito e inadimplência ainda são fatores que podem levantar ou derrubar o ânimo dos consumidores, é preciso estar atento e resistir às mudanças, mantendo o foco no plano de negócio.

Agora que você sabe um pouco mais sobre as vantagens e desafios de fazer negócios na crise, compartilhe essas informações com a sua rede de contatos. Vamos lá!

Escreva um comentário