“Se os bancos brasileiros abrissem suas empresas de factoring, o segmento ficaria mais conhecido e bem visto pelas empresas”. A opinião é do presidente da Brasil Factors, João Costa Pereira. “Apesar de muito utilizado no mundo, o factoring – atividade que consiste em comprar o faturamento de uma empresa, antecipando os recursos (também conhecido como desconto de recebíveis) – sofre preconceito no Brasil. Não entendo porque é confundido com agiotagem. A entrada de bancos ia melhorar essa imagem”, acredita Pereira. Na China, país que hoje tem a maior atividade de factoring no mundo, o setor é liderado por bancos – e o negócio só foi liberado lá em 2006.

A atividade movimentou 2,13 trilhões de euros no mundo em 2012. No Brasil, foram pouco mais de 46 bilhões de euros, segundo a Factors Chain International (FCI). O montante representa só 2,2% do total mundial.

Para atrair os bancos, Pereira acredita que seria importante que o Banco Central assumisse a supervisão do setor – o que vem sendo discutido há alguns anos mas ainda não saiu do papel. A Brasil Factors vem agindo em conjunto com outras empresas do setor que acreditam na importância dessa regulamentação, informou Pereira. Por outro lado, ele vê certa resistência a entrada dos bancos por boa parte das empresas do setor e também por parte dos bancos. “Aqui, o capital disponível nos bancos para empréstimos tradicionais ainda supera a procura”. No exterior, diz, o cenário é bem diferente: “Todos os grandes bancos como HSBC, BNP Paribas e Santander tem sua empresa de factoring nos países onde atuam, menos no Brasil”.

A Federal Invest que atua no mercado há 20 anos vê com bons olhos uma atuação mais expressiva por parte dos bancos. O mercado é grande e tem um potencial muito maior a ser explorado. A medida que tenhamos mais confiabilidade sob a óptica dos tomadores, mais espaço teremos. Existe uma significativa quantidade de empresas que se substituíssem a operação através de bancos pela parceria com factorings, que de fato prestam assessoria aos seus clientes faturizados, ganhariam em gestão e no controle de sua inadimplência.

Fonte: Portal do Fomento e Assessoria FEDERAL INVEST.

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