O mundo é dinâmico, novas necessidades surgem o tempo todo, e é preciso se reinventar para permanecer forte no mercado. Foi o que fez a Federal Invest.
Em 2014, com duas décadas de atuação e mais de 100 unidades fomentando micro e pequenos negócios em todo o país, projetou o seu Fundo de Investimento – FIDC para fazer frente à demanda e passar a atender também médias e grandes empresas.
Lançado no final daquele ano, o FIDC trouxe a possibilidade de antecipar recebíveis de alto valor, abrindo as portas para clientes com faturamento mensal superior a R$ 250 mil.
“Sempre tivemos uma gama significativa de empresas que nos procuravam com intenção de antecipar grandes valores. Mas muitas vezes não era possível fazer esse tipo de operação por conta de concentração”, explicou na época o então diretor do FIDC, Aldo Veneziano.
Mais que um franqueado, Aldo se tornara um importante parceiro no planejamento de novos negócios. Assim como ele, aliás, ano após ano vários franqueados uniram-se à diretoria para estruturar produtos e integrar um projeto maior.
Entre eles, o presidente da Federal Invest, Renato Junqueira, refere-se com especial destaque a Guilherme Martins – franqueado que se tornou sócio e é o atual vice-presidente da empresa.
Na sequência do FIDC, que se somou à antecipação convencional e ao serviço de gestão de contas (trustee), outros produtos deram novo fôlego à rede.
Em 2016 foi lançada a antecipação de cartões, que logo evoluiu e ganhou máquina própria, a FIT.
Vieram ainda o crédito com garantia imobiliária (agora também veicular), as soluções Serasa Experian e as operações de câmbio.
Renato Junqueira traduz a diversificação de produtos como o passo necessário para chamar a atenção do mercado e mostrar que a Federal Invest é mais do que uma rede de agências convencionais de fomento. “Somos realmente diferentes, temos muito mais a oferecer”.
Naturalmente nem tudo fluiu sem problemas. Tropeços fazem parte de qualquer trajetória.
“Toda implantação tem acertos e erros, é dolorosa”, reconhece o presidente. “Mas nós fomos ajustando, crescendo, e hoje nossos produtos estão consolidados”.
E por falar em tropeços, é dolorido, porém importante, lembrar que lá para trás, em 2008, houve um bem forte, que determinou o período mais difícil da história da empresa: o cartão de crédito Federal Card.
Renato Junqueira confessa ter errado por excesso de autoconfiança. “Tudo o que eu fazia dava certo, tinha perdido o medo, e comecei a desenhar o projeto sozinho. Achava que entendia de tecnologia, que entendia de tudo”.
“Mas não, a gente não entende. Existem especialistas que estão anos luz à nossa frente”, reconhece. “Perdi dois anos num negócio que sairia muito mais rápido e poderia estar em pé até hoje se tivesse trazido profissionais de bom nível”.
Nesse episódio, Renato diz ter aprendido três coisas bem relevantes:
- É preciso ter um time, porque sozinho não se vai a lugar algum;
- O time tem que ser formado por amigos, que nas horas mais difíceis vão permanecer ao seu lado;
- E não se pode subestimar o mercado, nem pensar que sabe de tudo. Porque o mundo muda a cada dois minutos.