Fatores que vão além do preço e da qualidade são cada vez mais levados em conta pelo consumidor na hora de escolher o que irá comprar.
Uma pesquisa recente apontou que 87% dos brasileiros preferem produtos e serviços de empresas que têm práticas sustentáveis. E a maioria desse grupo disse não se importar em pagar um pouco mais por isso.
Essa valorização da responsabilidade social e ambiental das empresas ganhou força a partir da primeira década dos anos 2000, dando origem a uma sigla que se tornou bastante conhecida no mundo dos investimentos: ESG – Environmental, Social and Governance.
O que é ESG?
A sigla ESG, também conhecida como ASG no Brasil, significa compromissos ambientais, sociais e de governança.
As três letras – que praticamente substituíram a palavra sustentabilidade no universo corporativo – representam as práticas adotadas por uma empresa visando garantir impacto ambiental positivo, contribuição social e transparência no seu dia a dia.
O termo vem de 2004 e tem origem em uma carta que o então secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, enviou ao mercado financeiro com o título “Who Cares Wins” – em tradução livre, “Quem se importa ganha”.
O documento recomendava aos investidores que destinassem seu dinheiro a empresas com impacto social e ambiental positivo.
Mas foi apenas em 2015 que a sigla se tornou popular, no momento em que os próprios investidores perceberam que empresas que adotavam práticas ESG tinham resultado financeiro melhor.
Por que ESG é importante para as empresas?
Hoje está claro que ser sustentável não é uma questão apenas ambiental. Mas também – e cada vez mais – financeira. Uma postura corporativa que se configura num diferencial competitivo, responsável por atrair consumidores e contribuir para o melhor desempenho dos negócios.
E uma das maneiras pelas quais as empresas têm construído sua reputação e se tornado mais rentáveis é aplicando práticas ESG.
Além disso, ESG também é um critério cada vez mais utilizado por investidores para escolher em quais negócios colocar seu dinheiro.
O motivo é simples: empresas ESG são mais eficientes, preparadas, transparentes e têm menos problemas legais, o que significa riscos menores e ganhos maiores.
Benefícios das práticas ESG
Tanto faz o tamanho da sua empresa. Micro, pequenos e médios negócios são tão relevantes para transformações sociais e ambientais quanto as grandes corporações.
As boas práticas estão ao alcance de qualquer negócio. E na maioria das vezes não significam aumento de gastos. Ao contrário, várias dessas práticas contribuem para reduzir despesas.
Além de serem muito benéficas para o meio ambiente e toda a sociedade, as práticas ESG também trazem uma série de vantagens para a própria empresa:
- redução de custos e de desperdícios
- melhor desempenho financeiro
- mais clientes
- consumidores mais fiéis
- imagem mais positiva
- menos rotatividade de colaboradores
- menos riscos
Como adotar práticas ESG no seu negócio?
Você já sabe que a sigla ESG tem três significados: ambiental, social e de governança. Então vamos ver agora alguns exemplos de ações que podem ser adotadas para cada vertente em pequenas empresas:
1. Ações ambientais
- Controlar o consumo de água, evitando desperdícios.
- Controlar o consumo de energia elétrica, evitando desperdícios.
- Controlar o consumo de papel, evitando desperdícios.
- Garantir o descarte correto de mercadorias, equipamentos e materiais, preferindo a reciclagem sempre que possível.
- Utilizar embalagens recicláveis ou biodegradáveis.
- Optar por fornecedores que também minimizam impactos ambientais.
- Participar de campanhas de conscientização sobre uso da água, coleta de lixo e emissão de gás carbônico, dentro e fora da empresa.
2. Ações sociais
- Contratar de mão de obra local.
- Procurar constituir equipes com diferentes trajetórias e perfis.
- Estimular o surgimento de novos talentos na sua comunidade.
- Dar preferência a fornecedores locais.
- Estimular o respeito aos direitos humanos.
- Estimular a diversidade e a inclusão de todos.
- Apoiar a comunidade local.
- Promover ações para auxiliar comunidades carentes.
3. Ações de governança
- Garantir remuneração justa e racional a todos os colaboradores.
- Impedir casos de assédio, discriminação e preconceito.
- Estar em conformidade com as regras fiscais e tributárias.
- Seguir condutas éticas e anticorrupção.
Empresas que adotam medidas como essas podem alcançar uma marca corporativa mais forte, se tornar referência para a sociedade, reduzir gastos, melhorar a retenção de talentos, vender mais e, consequentemente, ser mais rentáveis.
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